Adão e Eva podem até não ser metades da mesma laranja… mas são
certamente trincas da mesma maçã.
Porém, com maçã ou sem maçã e com serpente ou sem serpente,
posso assegurar-vos que quem vai serpentear pelo Porto no dia 21 de Janeiro às
22 horas é a Flanzine, que neste seu número catorze, qual sete duplicado e
longe de ser quadrado, resolveu ter aura paradisíaca e pedir inspiração
emprestada aos personagens mais conhecidos do Éden Bíblico.
A capa pinta-se de verde qual jardim celestial bem tratado…
enquanto as entranhas se conjecturam em tons que vão do preto mais preto até ao
branco neve… e lá pelo meio, encontramos tons tão cinzentos como os de um céu carregado
e carrancudo em dias de dilúvio. Talvez um agouro do futuro destes “Adãos e
Evas” que se pontuam junto a folhas pautadas de linhas que nem sempre funcionam
para amparar o texto mas antes para riscar aquilo que lá aparece escrito. Será
defeito?! Será feitio?! Vá-se lá saber.
Nada como contemplarem vocês esta Flanzine de 24 cm de altura
por 14 cm de cintura e decidirem por vós.
Para o caso de ainda não terem o apetite aguçado, o que vos posso
dizer é que lá dentro podem contar com sessenta páginas de muito texto (seja em prosa ou em poema)… e imagens
q.b. para quem gosta de regalar as vistas entre a leitura de uma ou outra carta.
Quanto à minha contribuição para este número – (se começarem a ver a revista pela capa onde
se vislumbra uma certa Eva) podem encontrar os “meus pombinhos” bem aconchegados e acondicionados pela página
quinze… bem-bem ao lado do texto de um senhor chamado Mário Cunha.
Para terminar, deixo-vos o convite para a apresentação no Porto
e o original da ilustração com que contribuí para a referida Revista… assim
como, a sua versão cinzenta, que é a que vão encontrar de facto dentro da mesma…
+ … algumas fotografias do exemplar que entretanto já me chegou às mãos.
Até mais… até lá, não se engasguem com nenhuma maçã.
Elisabete, a Borboleta
Despenteada