quarta-feira, dezembro 19, 2018

A Borboleta das sete cores | The Butterfly of the seven colors | Le Papillon des sept couleurs | Der Schmetterling der sieben Farben | Бабочка семи цветов | មេអំបៅនៃពណ៌ទាំងប្រាំពីរ | ผีเสื้อเจ็ดสี | Ballan-ka mid ah toddobada midab | Motyl siedmiu kolorów | De Päiperlek vun de siwe Faarwen | Tewra ji heft rengan | Papiyon an nan sèt koulè yo | Glöyn byw y saith lliw | 七色の蝶



No belo jardim que dominava o palácio real nasceu uma tímida e pequena lagarta que foi poupada pelo jardineiro para se tornar numa bela borboleta das sete cores. Era tão única que de todos gostava e com todos falava. Tivessem asas, patas ou barbatanas. Fossem aves ou insetos voadores, ruminantes ou terrestres roedores.

Excerto do texto “A Borboleta das sete cores”, escrito pelo 5ºD da Escola Básica Francisco Torrinha, do Agrupamento de Escolas Garcia da Orta - Porto, e que está presente no volume I das Histórias da Ajudaris’18.

Grandiosas saudações.

Aqui fica para vós mais um pequeno excerto, este, do terceiro texto que ilustrei para as Histórias da Ajudaris deste ano.

Mais uma estória que fala da importância da Natureza, da amizade, da generosidade, do saber esperar, e da evolução de todas as coisas vivas.

É também uma estória que nos ensina que nada é inconstante e imutável, e que até a mais feia lagarta se pode transformar um dia numa bela borboleta.

Esta estória era sobre a natureza, mas querendo, os seus contornos levam-nos muito mais longe… a mim pelo menos, levaram a que me embrenha-se em questões mais profundas, ou não fossem as estórias que lemos, palavras para aguçar a nossa mente a fazer-nos viajar, construindo assim novos mundos dentro do seu mundo original.

A lagarta é assim nesta estória, não só uma lagarta em todo o seu esplendor, como é também para mim em simultâneo, uma alegoria a todas as crianças que se sentem lagartas, seja porque o seu núcleo de pessoas conhecidas as leva a acreditar nisso ao longo da vida, ou porque o próprio mundo, cruel nas leis humanas de julgar o próximo, nos formata todos os dias para o que é um ideal de beleza que está longe de ser a verdadeira realidade, e muito menos ser uma verdade concreta.

O ideal de beleza não é apenas ser de raça branca, ter uma aparência magra ou ter poder económico… mais importante que a beleza física, e que mesmo essa seria discutível, o que importa é o conteúdo de cada ser - o seu bom coração, o seu altruísmo e a sua tolerância para com o próximo, seja ele de que cor, nacionalidade ou religião for.

Não é muito comum encontrar estórias com crianças negras, pelo menos não na maioria dos países membros da união europeia… se formos a analisar bem, a maior parte dos livros infantis contêm personagens caucasianos, o que faz por sua vez com que as ilustrações também reflictam isso mesmo… sendo que às vezes até dava para abordar o texto de outra forma… mas já está tão enraizado, seja por preferência, por pura empatia, ou porque nem sequer passou pela cabeça fazê-lo de outra forma, que o padrão se mantêm.

No meu caso quase todas as minhas ilustrações são de pessoas caucasianas, assim como no caso de outros tantos ilustradores e ilustradoras, e isso surge não só por empatia, como pelas próprias circunstâncias, circunstâncias que me levam a querer manter fiel às histórias que me rodeiam, e às pessoas com quem me cruzo, que por sorte ou azar, são caucasianas… circunstâncias ainda de me manter também fiel às estórias que me pedem para ilustrar, e cujas personagens ilustradas devem ser fiéis às personagens do texto… mas como é óbvio isto não é uma desculpa absoluta… talvez deve-se persistir mais, mas a preguiça às vezes é tramada...  contudo, sempre que posso e vejo oportunidade para isso, as minhas personagens não têm problema algum em pintar-se de outras cores e tons.

Foi o que aconteceu aqui neste texto da borboleta das sete cores… vista a oportunidade, aproveitei para pintar uma borboleta negra, pois uma borboleta negra é tão bela quanto uma borboleta de outra cor qualquer… e é também uma forma de dizer que ser-se de cor diferente não é sinónimo de exclusão, ou rótulo para se ser apelidado/a de lagarta… mas se for, que essas pessoas tenham consciência então, que só sendo primeiro lagartas poderemos algum dia transformarmo-nos em Borboletas e voar.

E com isto me despeço… até mais, até lá sejam tolerantes com que se cruzam. 

Vivam... e deixem viver.


Elisabete, a Borboleta Despenteada

terça-feira, dezembro 18, 2018

Querido Diário | Dear Diary | Cher Journal | Buku harian yang dihormati | Liebes Tagebuch | Дорогой дневник | Diary nzuri | Egunkaria Maitea | Эрхэм хүндэт өдрийн тэмдэглэл | Kära Dagbok | 親愛的日記



É uma alegria imensa sentir que a Mãe Natureza está bem!

Frase retirada do texto “Querido Diário”, escrito pelo 3ºA da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, ArmamarViseu, e que está presente no volume IV das Histórias da Ajudaris’18.

Grandiosas saudações.

Na impossibilidade de contribuir com algo maior e mais significativo, contribuo com aquilo que me é mais familiar e está ao meu alcance, ou seja - o meu trabalho enquanto ilustradora.

As Histórias da Ajudaris são um elo forte de afecto e entreajuda, e perante esse facto, como recusar o pedido de ajuda que começaram por me fazer em 2014, quando me desafiaram a embarcar nesta aventura que é da Ajudaris e de todos/as nós, pequenas formigas ajudantes, que vão da escrita à ilustração, passando pelo design, pelos mecenas, pelos voluntários contínuos, pelas escolas, professores e professoras, alunos e alunas, pelas famílias que precisam de nós, etc, etc, etc.

Como recusar participar de tudo isto, mesmo que de forma tão pequena, quando a causa é tão nobre?!

De 2014 a 2018 passaram-se 5 anos num piscar de olhos, mas parece que foi ontem que ilustrei “Lenga-lenga – Coelhinho”, a primeira de todas estas histórias.

As Histórias mais recentes a serem ilustradas por mim para a Ajudaris são do ano de 2018, e são 3 para ser mais exacta, uma de Coimbra, outra do Porto, e outra de Viseu. Destaque hoje para a história de Viseu intitulada de – “Querido Diário”, e da qual destaco a frase que já apresentei mais acima - “É uma alegria imensa sentir que a Mãe Natureza está bem!”.

A bem dizer a verdade a Mãe Natureza não está assim tão bem, mas dependendo da boa vontade de todos/as nós, ela pode ficar bem melhor num futuro próximo.

O texto em questão fala de várias coisas acerca da Natureza, mas eu em particular senti o forte impulso de ilustrar esta frase em específico, não porque o resto do texto não tenha interesse, mas porque no fundo esta frase traduz o que de todo o coração desejo que aconteça num futuro próximo – Podermos Sentir… e Ver… a Mãe Natureza a recuperar de todos os estragos que temos feito com ela ao longo dos últimos anos, para que, as gerações vindouras possam dizer com verdade absoluta - É uma alegria imensa sentir que a Mãe Natureza está bem!”.

Até mais, até lá tratem bem o pouco verde que ainda nos rodeia.

Elisabete, a Borboleta Despenteada

segunda-feira, dezembro 17, 2018

Unidos salvamos o nosso Planeta | United we save our planet | Unis nous sauvons notre planète | Gemeinsam retten wir unseren Planeten | Вместе мы спасаем нашу планету | Штаты выратаваць нашу планету | United ratujemy naszą planetę | 私たちは地球を救う



Os extraterrestres começaram logo a assustar as pessoas: punham máscaras, faziam coisas malucas, pegavam fogo, desarrumavam tudo, matavam os animais, estragavam as flores, as árvores, as casas e os carros e sujavam as águas.

Excerto do texto “Unidos salvamos o nosso Planeta”, escrito pelo Jardim de Infância de Ega, do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Coimbra, e que está presente no volume IV das Histórias da Ajudaris’18.


Grandiosas saudações.

Por esta altura, depois de terem lido o excerto mais acima, devem estar a pensar que o título contradiz o texto, bem, nem por isso, digamos apenas que a estória dá uma grande reviravolta. Poderia assim ter eu pegado na parte boa do texto para ilustrar, fazendo jus ao título e àquilo que de bom existe, mas infelizmente constato que a parte má, facilmente supera a parte boa do ser humano, se bem que, nesta estória os maus da fita são os extraterrestres… e quanto a isso apenas posso então dizer - que se são, só, os extraterrestres que executam tamanhas barbaridades, nesse caso, na minha humilde opinião, os maiores extraterrestres deste planeta são os próprios terráqueos.

Num mundo que se diz cada vez mais civilizado e bem informado, nunca antes se viu tanta crueldade gratuita, seja ela de humanos para com humanos, seja de humanos para com os animais, os rios, os mares, as florestas e todas as demais formas de vida que nos circundam e são tão valiosas para o ecossistema em que habitamos.

Dito isto, e estando todos/as nós tão próximos/as do Natal, época de amor e tolerância, peço apenas que amem mais e sejam mais tolerantes para com todas as formas de vida, pois a crueldade, o ódio, a guerra e a mesquinhez, nunca levaram a humanidade a lugar nenhum, ou pelo menos, a nenhum que fosse bom.

Até mais, até lá cuidem bem do planeta TERRA.

Elisabete, a Borboleta Despenteada

quinta-feira, dezembro 13, 2018

Colaboração com as Histórias da Ajudaris’18 | Collaboration with the Stories of Ajudaris’18 | Collaboration avec les Histoires de Ajudaris’18 | Zusammenarbeit mit den Geschichten von Ajudaris’18 | Samarbeid med Historiene om Ajudaris’18 | Samstarf við sögur af Ajudaris’18



Grandiosas sudações.

Mais um ano em colaboração com as Histórias da Ajudaris... um ano que conta com uma mão cheia de livros repletos de histórias ilustradas, 8 para ser mais exacta, 8 volumes de histórias que falam da NATUREZA e da sua importância vital para a sobrevivência de todos os seres vivos deste planeta.

A minha singela contribuição neste ano de 2018 que está quase a terminar, foi de 3 ilustrações, uma delas faz parte do Volume I, e as outras duas andam algures pelo Volume IV.

Para Ajudarem a Ajudaris a Ajudar cada vez mais pessoas, podem adquirir algum/ou alguns destes volumes através da Loja dos Afetos da Ajudaris. Aqui fica o link para quem possa ter interesse:

Para terminar, a modos que, de vos aguçar a curiosidade para conhecerem os livros, deixo aqui as ilustrações que realizei e que podem então encontrar por lá, assim como, as capas dos volumes dos quais elas fazem parte.

Volume I



A Borboleta das sete cores, ilustração realizada para a história com o mesmo nome, escrita pelo 5ºD da Escola Básica Francisco Torrinha, dAgrupamento de Escolas Garcia da Orta - Porto, e que está presente no volume I. Para além da versão final da ilustração, deixo-vos também aqui a versão original a azul.


Volume IV



Magic Mountain, ilustração realizada para a história “Querido Diário”, escrita pelo 3ºA da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, ArmamarViseu, e faz parte do volume IV.


Unidos salvamos o nosso Planeta, ilustração realizada para a história com o mesmo nome, escrita pelo Jardim de Infância de Ega, do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Coimbra, e que também faz parte do volume IV.

E por hoje é tudo, espero que tenham gostado :) ;)

Até mais, até lá desejo-vos como sempre tudo de mágico.

Elisabete, a Borboleta Despenteada

terça-feira, dezembro 11, 2018

Feliz Natal | Merry Christmas | Joyeux Noel | Frohe Weihnachten | Счастливого Рождества | З Різдвом Христовим | 聖誕快樂 | メリークリスマス | Mutlu Noeller | Jabula uKhisimusi | Mele Kalikimaka | Vrolijk Kerstfeest | Sretan Božić



Grandiosas saudações.

Mais um Natal que se aproxima, veloz, frio, ansioso e iluminado.

Natal de azáfama, de família... e do inconfundível calor à beira da lareira ou do fogão-de-lenha… do bacalhau cozido com batatas, do bolo-rei de que não sou grande fã, mas que eventualmente como e até me sabe bem, isto, depois de lhe tirar todas e quaisquer frutas cristalizadas… sim, é uma tarefa chata e demorada, mas que vale a pena, até porque de outra forma não me atreveria a trincar o referido bolo, pois odeio o sabor das ditas frutas :) :D

Natal também do Perú ou do Polvo, dependendo da região de Portugal onde se encontrem… da “roupa velha”… e outras demais iguarias culinárias.

Natal dos doces, das rabanadas e das filhoses, eis outras duas coisas que também detesto :D :D e por esta altura já devem estar a pensar que com tantas lambarices natalícias de que não gosto, provavelmente talvez não goste também do Natal… nada disso, para dizer a verdade, à parte as doçarias que nada me dizem, adoro o Natal, aliás, é a minha época festiva preferida.

Gosto do calor das luzes espalhadas pelas vilas e pelas cidades, de enfeitar a árvore, do espírito de reunião e confraternização familiar… da tagarelice, da parvoíce, das músicas de Natal, e do estúpido e sóbrio estado de felicidade em que eventualmente ficamos.

Contudo, esta é também uma época de eventuais exageros, não só alimentares, como de consumismo desenfreado.

Ofertas como o telemóvel da moda que acabou de sair, quando o último ainda estava de óptima saúde… um computador ou um tablet novo com mais funcionalidades, quando os que tinham ainda serviam perfeitamente… mais uma peça de roupa só porque sim, quando o armário está cheio delas… 
Para variar, era bom que as pessoas pensassem menos no comprar apenas por comprar, porque querem andar na moda, ou porque querem demonstrar poder financeiro através da marca X ou Y… e comprassem com mais consciência… fazer-lhes-ia certamente muito melhor não só à carteira, como ao planeta e a quem está ao seu redor.

Posto isto - que tal se usassem o tempo que perdem a fazer compras de loja em loja, para estarem com as pessoas de quem mais gostam?! Os presentes materiais não colmatam espaços vazios, mas o convívio evita muitos deles.

Mais importante que presentes materiais é o carinho humano, a partilha de sentimentos e afectos, o companheirismo, a presença nos bons e nos maus momentos… o estar lá, nem que seja só para ouvir. Para mim o Natal é a celebração de tudo isto, é isso que ele simboliza - Partilha, e é por isso que gosto tanto dele… e por tudo isso também, é que não dou presentes materiais cá em casa, e vice-versa, há já vários anos… pois para nós o maior de todos os presentes é podermos estar todas/os reunidas/os… a nossa presença é assim, só por si só, o maior presente que podemos dar umas às outras, seja enquanto irmãs, ou enquanto filhas.

Este Natal gastem menos tempo com prendas e gastem mais tempo com quem realmente interessa, pois o tempo passa a voar.

Sejam conscientes, hajam de forma honesta e generosa, esqueçam o egocentrismo e façam alguém feliz… ou então, façam algo de bom pelo planeta onde vivem. Distribuam abraços desinteressados, surpreendam alguém desconhecido com um gesto de carinho, digam palavras acolhedoras, assinem uma petição... ou... invistam numa causa nobre.

A todos e todas vós, os meus sinceros votos de um Natal Muito, mas mesmo Muito FELIZ.

Elisabete, a Borboleta Despenteada

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